PARTE 1: RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ( INFARTO, ANGINA)

Nesta série de postagem serão abordadas, condições e doenças que tem característica hereditária, e/ou genética para aumento de risco ou desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
As principais cardiopatias com características genéticas ou hereditárias incluem cardiomiopatias como CMH (Cardiomiopatia Hipertrófica), CMD (Cardiomiopatia Dilatada) e ARVC (Cardiomiopatia arritmogênica do Ventrículo direito), bem como canalopatias como SQTL (síndrome do QT Longo), síndrome de Brugada e TVPC (taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica).
PARTE 1: RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ( INFARTO, ANGINA)
A história familiar de doença arterial coronariana (DAC) é de fato reconhecida como um fator de risco independente para doença cardiovascular (DCV).
A Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) reconhece que uma história familiar de doença coronária precoce em familiares de primeiro grau (homens <55 anos e mulheres <65 anos) está associada a um risco aumentado de doença coronária, independente dos fatores de risco clássicos para doença coronariana. Além disso, a American Heart Association (AHA) destacou a importância da história familiar na avaliação do risco de DCV, observando que a DAC tende a se agrupar nas famílias e que se descobriu que uma história de DAC prematura em um parente de primeiro grau é um preditor significativo[2]
A literatura médica apoia ainda mais o papel da história familiar como fator de risco. Estudos demonstraram que indivíduos com história familiar de cardiopatia isquêmica apresentam DAC em idade mais jovem e apresentam maior gravidade e extensão. Além disso, uma história familiar de doença cardiovascular aterosclerótica de início precoce (ASCVD) está associada à recorrência de ASCVD após infarto do miocárdio, independentemente da abordagem tradicional. Esses achados ressaltam a importância de considerar a história familiar na avaliação e manejo de risco de pacientes.
Para sintetizar, pacientes com história de parentes de 1º grau (Pai, mãe e irmãos) com doença coronariana (infarto, angina instável ou estável) mulheres com menos de 65 anos de idade e homens com menos de 55 anos de idade tem maior risco de desenvolvimento de doença cardiovascular, mesmo na ausência de outras condições que estão associadas ao aumento de risco de doença coronariana.
Dr. Danilo Stabile Gonnelli – São Paulo, 18/02/2024
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3. Family History as an Independent Risk Factor of Coronary Artery Disease.
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